Plague
Seus poemas:
centopéias subindo em minhas pernas
quando os leio.
Seus poemas me ateiam
e a palavra-taturana dói
tamborilando os pés de azeite quente
em meus seios.
Seus poemas:
caranguejos caminhando pelas minhas costas,
soletrando vértebras
entre suas patas,
pinicando medo sob suas pinças,
seus poemas mordem
minhas omoplatas...
Seus poemas-praga:
devastação que não se aplaca
nem com o gelo
dos meus dedos de queimada.
Flávia Peres, eta semana, no Poema Dia.
1 comentário:
lemos.
yeah!
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