
O livro nasceu de forma singular: Victor é carioca e já sul-mato-grossense. Seus poemas circulavam pela internet e em ambientes literários, mas nunca tinham tomado forma impressa. Elis é fotógrafa consagrada, reconhecida em todo o país e dona de uma sensibilidade ímpar no trato com a imagem. Nanci, por sua vez, é uma apaixonada pelas artes e faz interfaces de nanquim com traços eletrônicos, criando imagens híbridas e novas concepções estéticas.
O catalisador destas três linguagens foi um grupo de amigos que se reuniu e pinçou o que havia de melhor no trabalho dos três: sonhos, fotografias e paixão. O resultado é um livro diferente, onde poemas, fotos, traços ilustrativos e projeto gráfico compõem com sinergia uma obra deliciosamente ousada, feita na raça, por amor a arte e sem nenhum patrocínio.
Independente - “Outros Sentidos” é um livro independente, não passou por editoras e não é encontrado em livrarias. A tiragem, minúscula, foi distribuída em pequenos lançamentos Brasil afora e através de contato direto com o autor.
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11 comentários:
Eu amo esse livro! Eu o comprei na feira de livros da praça Serzedelo Correa. Gosto da conexão entre os poemas, os grafismos e as fotografias: No "Punhal", por exemplo, dedos tocando uma superfície quase invisível (que está para além dos sentidos) e a impossibilidade de manifestar (comportamento)uma frase no poema.
Olá, fico feliz que você tenha gostado. Um grande abraço.
estava relendo a poesia "Vento", do seu "Outro sentidos", aliás nosso (já o confisquei inaginariamente!), e percebo a dualidade da terra tocada pela alma através da conexão entre a planta (que um dia você plantou) e o que o faz sentir-se limpo - o trabalho braçal e fundamental. Adoro esse poema!!!
Eu aqui as voltas com "outros sentidos"... Sobre as "Entranhas" que me causa a impressão sobre o substancial sentido (percepção) da clareza - conhecimento expressado na experiência... Sobre a causalidade das circunstâncias: O momento de inventar a história como só fosse contada por ela, a mulher deitada, nua e expressa que do lado do sol encontra sentido revelando o dia (sinbolizado pela vida nesse contexto - a obra transversalizada, ou seja, a poesia atravessando a imagem). Ah... e as evocações das suas várias despedidas.
Barone, desculpe a minha invasão persistente na sua poesia, mas ela me veio muito forte. Gosto muito da forma como você expressa o seu mundo e me toca a sua generosidade de se deixar permitir o encontro com essas outras artes.
Dan Jung
Olá Dan,
me sinto muito honrado com o seu interesse. É interessante observar sua leitura dos poemas. Eu mesmo não sei explicá-los, eles apenas são.
O projeto gráfico,fotografias e as poesias... ora se conectam, ora se atravessam... e eu fico só imaginando e viajando nas palavras e nas lacunas (as figuras). Por exemplo, no poema "Soturno": "tenho andado soturno e esquecido de todos (...)". No meu entendimento do poema, vejo assim: a figura - lâmpada acesa no meio da escuridão, iluminando o externo... a luz é que é soturna! Mesmo quando ilumina, não ilumina total (ilumina por fora). E a poesia ela reconhece a luz quando a personagem se esquece de mirar estrelas (quando olha para dentro). É assim que faço para degustar o seu lindo livro... poesia e artes gráficas atravessando uma no caminho da outra.
Relendo percebi uma lacuna no meu dizer. Na realidade, poesia e artes gráficas, atravessando uma no lugar da outra (cúmplices na trajetória). Como se fosse transdiciplinar.
ainda sobre "Entranhas"... o fato da criação está na lacuna daquilo que foi dito e a sua extrema suposição de estar sendo apontado para algo. A de ser completo quando ainda não está repleto. A de ter vida, antes mesmo de tornar-se vida: "(...) Não me conte sobre as manchetes e proclames que o loucos sem alma sustentam como verdades (...)". A magnitude da poesia está em sua duplicidade (autor e personagem). Por si só, ela expressa o universal incontornável. Mas como as entranhas, experimenta o vazio primordial.
Sobre o "Lamento": a explosão depois de um conhecimento alheio. O sentimento ultrapassando a avidez da palavra.
A dor de quem não está mais se entregando a mesmice - o "luto" da coisa feita.
A palavra pousada no som daquela voz toada antes do grito, "que não traz a boca um gemido".
O microfone (grafismo) não é mais implicado como arma. Ele fragmenta-se após cada palavra ainda não gritada, revelando a exaustão do peito adormecido que transforma o sangue toado como canção - o que traz a causa do lamento.
Olá Dan. Fico feliz que o livro tenha despertado tantos sentimentos em você. Fique à vontade para analisar o quanto quiser. Sobre a dificuldae de encontrar exemplares da obra tenho uma boa notícia: ainda enste semestre Outros Sentidos será transformado em um e-book e disponibilizado na rede. Um abraço.
... é uma ótima notícia! É um belo livro que merece uma versão digital. Mesmo assim me sinto feliz por ter um dos exemplares impressos.
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