Ontem publiquei um artigo sobre os pogroms patrocinados por sionistas na Cisjordânia e em Jerusalém. Fiz um paralelo entre a covardia perpetrada contra os judeus europeus no início do século passado e o que ocorre hoje no Oriente Médio. Recebi o seguinte comentário de um leitor anônimo.
“Pogrom só com 2 feridos???? Cade as mulheres estupradas??????/Cade os mortos??????//Cade os enforcados e jogados na fogueira??????Cade os arrastados pelos cavalos???Cade a política de estado por trás???Fala sério, pra pogrom ainda falta MUITO, ou voce pensa que sabe o que é pogrom. Além disso, voce é racista e sensacionalista, pois generalizar "sionistas" em geral, quando se trata de um grupo de malucos isolados... A sua mente não está cheia de sonhos. Está cheia de meldas. E na melda voce ficará, por mais que escrevinha. coitado”
Respondo. Desde a década de 40 o SIONISMO vem implantando o terror no Oriente Médio. No seu rastro, houve agressões, torturas, estupros, assassinatos, massacres, expropriações. Quem quiser os números desta covardia pode relembrar a história do Haganah, do Irgún, do grupo Stern, da política de limpeza étnica patrocinada pelos sionistas. Pode-se encontrar ali muitos atos de terrorismo no seu sentido estrito.
Agora, um detalhe... SIONISMO não pode ser confundido com judaísmo.
O sionismo é uma política que defende que Israel seja um Estado majoritariamente judeu, tendo na religião e na raça – e não no conceito de nação democrática – seus pilares. Dentro desta concepção, as fronteiras de Israel se estenderiam sobre diversos países árabes. É isso - entre outras barbaridades de teor racista - que defendem os sionistas. O judaísmo, por sua vez, é uma religião, que como todas as demais deve ser respeitada. O anti-semitismo, portanto, assim como qualquer outro preconceito de credo, raça e opção sexual deve, em minha modesta opinião, ser combatido sem trégua.
Ocorre que a confusão entre judaísmo e sionismo está no cerne dos debates evolvendo Israel. Alguns querem mesclar ambos os conceitos, de modo que qualquer crítica ao sionismo seja imediatamente identificada como racismo (assim, como o "anônimo" tentou fazer aqui) ou preconceito. Trata-se de uma estratégia baseada em uma falácia. Sionismo não é o mesmo que semitismo ou judaismo. Pode-se ser judeu sem ser sionista e isso é confirmado pelas diversas críticas feitas por judeus a este pensamento político que defende a segregação racial e religiosa e o expansionismo territorial.
Para informação do “anônimo” e outros sionistas de plantão, sugiro alguns artigos e textos:
- A “fúria virtuosa” de Israel e suas vítimas em Gaza
- As similaridades entre Sionismo e Nazismo
- Vitimização judaica
- Quem é Lieberman, Ministro das Relações Exteriores de Israel?
- É lícito aos israelenses apoiarem o racismo e a intolerância?
- A transformação autoritária de Israel
- Chomsky: Terrorismo de Estado ameaça a segurança de Israel
- O holocausto como propaganda
- Historiador de origem judaica faz crítica ao movimento sionista
“Pogrom só com 2 feridos???? Cade as mulheres estupradas??????/Cade os mortos??????//Cade os enforcados e jogados na fogueira??????Cade os arrastados pelos cavalos???Cade a política de estado por trás???Fala sério, pra pogrom ainda falta MUITO, ou voce pensa que sabe o que é pogrom. Além disso, voce é racista e sensacionalista, pois generalizar "sionistas" em geral, quando se trata de um grupo de malucos isolados... A sua mente não está cheia de sonhos. Está cheia de meldas. E na melda voce ficará, por mais que escrevinha. coitado”
Respondo. Desde a década de 40 o SIONISMO vem implantando o terror no Oriente Médio. No seu rastro, houve agressões, torturas, estupros, assassinatos, massacres, expropriações. Quem quiser os números desta covardia pode relembrar a história do Haganah, do Irgún, do grupo Stern, da política de limpeza étnica patrocinada pelos sionistas. Pode-se encontrar ali muitos atos de terrorismo no seu sentido estrito.
Agora, um detalhe... SIONISMO não pode ser confundido com judaísmo.
O sionismo é uma política que defende que Israel seja um Estado majoritariamente judeu, tendo na religião e na raça – e não no conceito de nação democrática – seus pilares. Dentro desta concepção, as fronteiras de Israel se estenderiam sobre diversos países árabes. É isso - entre outras barbaridades de teor racista - que defendem os sionistas. O judaísmo, por sua vez, é uma religião, que como todas as demais deve ser respeitada. O anti-semitismo, portanto, assim como qualquer outro preconceito de credo, raça e opção sexual deve, em minha modesta opinião, ser combatido sem trégua.
Ocorre que a confusão entre judaísmo e sionismo está no cerne dos debates evolvendo Israel. Alguns querem mesclar ambos os conceitos, de modo que qualquer crítica ao sionismo seja imediatamente identificada como racismo (assim, como o "anônimo" tentou fazer aqui) ou preconceito. Trata-se de uma estratégia baseada em uma falácia. Sionismo não é o mesmo que semitismo ou judaismo. Pode-se ser judeu sem ser sionista e isso é confirmado pelas diversas críticas feitas por judeus a este pensamento político que defende a segregação racial e religiosa e o expansionismo territorial.
Para informação do “anônimo” e outros sionistas de plantão, sugiro alguns artigos e textos:
- A “fúria virtuosa” de Israel e suas vítimas em Gaza
- As similaridades entre Sionismo e Nazismo
- Vitimização judaica
- Quem é Lieberman, Ministro das Relações Exteriores de Israel?
- É lícito aos israelenses apoiarem o racismo e a intolerância?
- A transformação autoritária de Israel
- Chomsky: Terrorismo de Estado ameaça a segurança de Israel
- O holocausto como propaganda
- Historiador de origem judaica faz crítica ao movimento sionista
8 comentários:
Barone, continuo preferindo o seu discurso autoral e, de certo modo, bastante corajoso.
Sempre que passo aqui algo acontece, os seus escrevinhamentos me deixam um pouco mais inteligente - e nem sempre eu concordo com o seu ponto de vista...
Obrigado!
- Henrique Pimenta
Não seria o caso de dizer que o sionismo propala um Estado "oficialmente" judeu em vez de "majoritariamente"? Digo isso porque "majoritariamente" pode parecer populacional, o que não é tão grave quando uma teocracia como a que eles defendem. Que achas?
Gsotei de seus argumentos, Barone. Acompanho essa história, sobretudo, em seu blog e essas discussões só enriquecem o espaço. É isso, Barone! Beijo.
Um lado mau da Internet: possibilita os covardes exercerem sua covardia, na segurança e conforto de seu lar, através do anonimato.
Caro Barone,
Li ontem o texto ora citado, e coloque no meu blog (www.provosbrasil.blogspot.com), e ele (texto) está ótimo.
Agora esse babaca que te ofendeu deve ser um daqueles que apoiam os massacres dos inocentes, de um povo que tinha um solo e foi ROUBADO pelos sionistas/nazistas!
Não é atoa que muitos hoje em dia não acreditam no Genocidio, é por essas e muitas outras....
O blog esta cada vez melhor!
Provos Brasil
Oi Barone,
Concordo com tudo o que você disse, menos com uma coisa: não há "opção" sexual, mas "orientação". A diferença é importante e fundamental.
Abraço
Lelec
Sionismo não é Nazismo
Sou contra a posição e política do estado de Israel em vários momentos da sua história.Defendo dois estados para dois povos e ainda assim sou sionista.
Theodor Hertz criou o sionismo apos o caso Dreifus pois os judeus sempre foram perseguidos em história. A idéia é que os judeus precisam de um estado onde estejam seguros.
O estado de israel é legitimado pela onu e é um estado democrático tendo a esquerda muito forte a favor da paz. E existem movimentos políticos como Shalom Arshav (paz agora).
O problema é que em tempos difíceis a direita ganha força.
É importante lembrar que Israel não tem uma história muito sofrida pois nunca foram reconhecido por seus visinhos.
Ser anti-sionista realmente não é anti-semitismo mas infelizmente muitos grupos neonazistas misturam conseitos para atacar o judadismo.
É muito perigoso comparar o sionismo com o nazismo que foi uma das maiores catastrofes da humanidade.Israel é multi étinico com etinia diferentes inclusive entre os judeus (etiopes,europeus,marroquinos).
Barone tome mais cuidado com suas palavras.
Caro Miguel,
fico feliz que defendas o direito dos palestinos terem seu Estado (assim como os israelenses tem direito ao seu).
É verdade: Sionismo não é Nazismo. Mas parece muito.
Tenho alguns comentários a fazer sobre suas afirmações.
Você diz:
Theodor Hertz criou o sionismo apos o caso Dreifus pois os judeus sempre foram perseguidos em história. A idéia é que os judeus precisam de um estado onde estejam seguros.
Eu digo:
Então todos os povos e grupos sociais que foram perseguidos (e ainda são) devem encontrar a solução para seus problemas no estabelecimento de uma nação separada? Que tal uma nação só para negros? Ou uma nação só para homossexuais? Não seria melhor trabalhar em conjunto para a aceitação mútua das pessoas?
Você diz:
Ser anti-sionista realmente não é anti-semitismo mas infelizmente muitos grupos neonazistas misturam conseitos para atacar o judadismo. É muito perigoso comparar o sionismo com o nazismo que foi uma das maiores catastrofes da humanidade.
Eu digo:
O fato de alguém distorcer um argumento não o invalida. Temos que ser inteligentes o suficiente para mostrarmos estas distorções e diferenciá-las de nossas opiniões.
Você diz:
Israel é multi étinico com etinia diferentes inclusive entre os judeus (etiopes,europeus,marroquinos).
Eu digo: Exatamente por isso sou anti-sionista. O que significa dizer que, em minha opinião, Israel deve ser um país aberto a cidadãos de todas as etnias e grupos sociais que ali tenham nascido. Um católico ou muçulmano que tenha nascido em Israel não é menos importante que um judeu nascido no país. Além disso, é absolutamente inaceitável que se obrigue um cidadão israelense a jurar lealdade a um Estado baseado na religião.
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