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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Quem é Avigdor Lieberman, Ministro das Relações Exteriores de Israel?

Confira os links e fontes (em inglês e hebraico), indicados pela organização judaica americana JStreet para saber quem é Avigdor Lieberman:

- Lieberman não entende a experiência judaica. Ele afirmou que “as minorias são o maior problema no mundo.”

- Lieberman já provocou um incidente internacional, ao declarar que, o presidente do Egipto Hosni Mubarak podia "ir para o inferno" e obrigando o governo de Israel a pedir desculpas a um dos seus raros amigos na região. Ele também apelou a que Israel bombardeasse a barragem egípcia de Aswan.

- Lieberman tem repetidamente alegado que, “Todas as negociações baseadas na troca de terra por paz são um erro fatal.”

- A proposta de Lieberman sobre o “juramento de fidelidade” pode privar os cidadãos dos seus direitos civis. Precisa de uma comparação histórica? Pense nos reflexos negativos resultantes das perseguições de McCarthy, na década de 50, nos Estados Unidos.

- Lieberman liderou o esforço da Comissão Eleitoral Central israelense 0para que os partidos políticos Árabes israelenses fossem proibidos de concorrer às eleições de fevereiro; o Supremo Tribunal israelense decidiu revogar esta proibição. No Supremo Tribunal, Lieberman disse a um membro árabe do Knesset, “Nós vamos cuidar de você da mesma forma que o Hamas. Você é um terrorista.

- Lieberman, durante um debate no plenário do Knesset, disse a um dos seus membros, o árabe Wassel Taha, “é pena o Hamas não estar encarregue de cuidar de ti…. És o representante dos terroristas nesta Casa” e acrescentou, “O destino dos colaboradores no Knesset deve ser semelhante aos dos colaboradores dos nazistas… No final da II Guerra Mundial, não só os criminosos foram executados nos julgamentos de Nuremberg, mas também os seus colaboradores. Espero que seja também esse o destino dos colaboradores (no Knesset).”

- Lieberman apoia uma forma de limpeza étnica, defendendo a transferência dos cidadãos árabes-israelenses para fora de Israel. (A transferência da população é conhecida, de acordo com o direito internacional, como uma forma de "limpeza étnica"). Ele argumenta: "a idéia da terra pela paz é falsa... o princípio orientador tem de ser troca de populações e territórios... Nunca vamos concordar com uma definição de "dois Estados para dois povos".
Lieberman também afirmou que “Os árabes tem todos os seus direitos em Israel, mas não tem direito ao Eretz Yisrael. [Terra de Israel] "

- Lieberman referindo-se "àqueles israelenses e judeus que agem contra o Estado no exterior", afirmou que “podem ser comparados aos Kappos (judeus colaboracionistas) nos campos de concentração”. Também se refere os que pertencem aos israelenses pacifistas como “Hellenists" [Estrangeirados].

- Lieberman tem poucos amigos na comunidade judaica americana. O proeminente rabino americano Eric Yoffie escreveu que Lieberman promoveu “uma campanha (eleitoral) ultrajante, abominável, cheia de ódio, transbordante de incitamentos que, se não forem devidamente controlados, poderão levar Israel às portas do Inferno”. O chefe do Comitê Judaico Americano, David Harris, afirmou que as propostas de Lieberman são "no mínimo, profundamente irresponsáveis," e podem “gelar" a democracia em Israel.

A plataforma política de Lieberman poderá ameaçar a histórica relação EUA-Israel. Durante décadas, judeus americanos e outros amigos de Israel têm apoiado esta relação devido à partilha comum de valores democráticos e de interesses nacionais. O que acontecerá quando um destes pilares - valores democráticos comuns - é ameaçado ou destruído?

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