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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Preconceito e cidadania

O transformista Leo Kret do Brasil tomou posse ontem na Câmara Municipal de Salvador (BA). Dançarino de um grupo de pagode, ela foi o quarto postulante a vereador com melhor votação em na capital baiana, com 12.861 votos.

Dos 52.137 vereadores eleitos em todo o país em outubro, apenas cinco são assumidamente homossexuais – três deles transexuais. É pouco, mas é um avanço significativo em uma sociedade que vende uma imagem liberal, mas que, de fato, é preconceituosa. É muito mais, por exemplo, do que tivemos aqui em Campo Grande (MS), onde a concessão do título de utilidade pública municipal para a Associação das Travestis de Mato Grosso do Sul (ATMS) tem sido barrada há anos pelas bancadas evangélica e católica.

Retomo o tema neste início de ano e pretendo me debruçar sobre ele. O preconceito contra gays e lésbicas é a ponta do iceberg da intolerância brasileira que, disfarçada sob nosso festivo jeito de ser, esconde mazelas que precisam ser abordadas, desnudadas e exorcizadas.

Leia mais sobre o mesmo tema:
- Imprensa fecha os olhos e fortalece homofobia em MS
- Obscurantismo ganha espaço em Campo Grande
- Campo Grande pode dar exemplo contra homofobia
- Melhor ser ladrão que viado

1 comentário:

BAR DO BARDO disse...

No meu blog, coincidência, há uma artista falando, de modo breve, sobre sexo, gênero e sexualidade. Não tem jeito, o mundo ainda é "machocêntrico" e homofóbico. Talvez seja o medo da diversidade. Ou, pior, talvez seja o medo de brotar à flor da pele algo que não consegue se esconder por uma vida inteira...