Semana On

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Ensino a distância e universidades

Para os que se escandalizam com a qualidade do nosso ensino superior, sua versão EAD (Ensino a Distância) é ainda mais nefanda. Contudo, o Enade (o novo Provão) trouxe novidades interessantes. Em metade dos cursos avaliados, os programas a distância mostram resultados melhores do que os presenciais! Por quê? Sabe-se que a aprendizagem "ativa" (em que o aluno lê, escreve, busca, responde) é superior à "passiva" (em que o aluno apenas ouve o professor). Na prática, em boa parte das nossas faculdades, estudar é apenas passar vinte horas por semana ouvindo o professor ou cochilando. Mas isso não é possível no EAD. Para preencher o tempo legalmente estipulado, o aluno tem de ler, fazer exercícios, buscar informações etc. Portanto, mesmo nos cursos sem maiores distinções, o EAD acaba sendo uma aprendizagem interativa, com todas as vantagens que decorrem daí.

Do economista Claudio de Moura Castro, em interessante artigo na Veja. Grifo meu.

3 comentários:

Sem Papel e Tinta disse...

O dia que alguém colocar na minha cabeça que um curso superior é a simples recepção de informações, juro que faço campanha pelos cursos EaD. Antes disso, prefiro a convivência da universidade. Tá ruim? Tá? Mas não quero que piore.

Barone disse...

É verdade... no entanto, a reprodução de informações e alunos sonolentos não é o que se vê de forma geral nas universidades brasileiras?

Sem Papel e Tinta disse...

Substituir um modelo ruim por outro pior, não dá. Nem esforço fizemos pra consertar o aquilo que está errado.