Três economistas vinculados ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) descobriram que as novelas da Rede Globo de Televisão ajudam a moldar as idéias das mulheres brasileiras sobre divórcio e filhos de maneira crítica. A descoberta está em dois estudos divulgados na sexta-feira (30/1): "Novelas e Fertilidade: Evidências do Brasil" e "Televisão e Divórcio: Evidências de Novelas Brasileiras" (ver aqui).
Os economistas analisaram o conteúdo de 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999, nos dois horários de maior audiência: 19 e 20 horas. Sessenta e dois por cento das principais personagens femininas não tinham filhos e 21% tinham apenas um filho. Vinte e seis por cento das protagonistas femininas eram infiéis a seus parceiros. Os enredos das novelas com freqüência incluem críticas a valores tradicionais.
Utilizando sofisticados testes econométricos com resultados estatísticos consistentes, dados demográficos, informações sobre a expansão da cobertura da televisão e sobre o conteúdo das novelas da Globo, os estudos concluíram que a redução das taxas de fertilidade foi maior em anos imediatamente seguintes à exibição de novelas que incluíam casos de ascensão social, e para mulheres com idades mais próximas da idade da protagonista feminina da novela. Concluíram também que "quando a protagonista feminina de uma novela era divorciada ou não era casada, a taxa de divórcio aumentava, em média, 0,1 ponto percentual."
As novelas da Globo talvez constituam um dos objetos mais estudados nas dissertações e teses de mestrado e doutorado nas dezenas de cursos de pós-graduação em comunicação que funcionam no país. A relação das novelas com o comportamento da audiência brasileira tem sido estudada há décadas. Não só no que se refere à fertilidade e o comportamento em relação ao casamento, mas, por exemplo, em relação à política.
Os estudos dos economistas do BID, no entanto, certamente vão ajudar a legitimar os resultados que já são conhecidos, faz tempo, dos pesquisadores brasileiros.
Dica pinçada do blog Jornal de Debates de Venício A. de Lima
Os economistas analisaram o conteúdo de 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999, nos dois horários de maior audiência: 19 e 20 horas. Sessenta e dois por cento das principais personagens femininas não tinham filhos e 21% tinham apenas um filho. Vinte e seis por cento das protagonistas femininas eram infiéis a seus parceiros. Os enredos das novelas com freqüência incluem críticas a valores tradicionais.
Utilizando sofisticados testes econométricos com resultados estatísticos consistentes, dados demográficos, informações sobre a expansão da cobertura da televisão e sobre o conteúdo das novelas da Globo, os estudos concluíram que a redução das taxas de fertilidade foi maior em anos imediatamente seguintes à exibição de novelas que incluíam casos de ascensão social, e para mulheres com idades mais próximas da idade da protagonista feminina da novela. Concluíram também que "quando a protagonista feminina de uma novela era divorciada ou não era casada, a taxa de divórcio aumentava, em média, 0,1 ponto percentual."
As novelas da Globo talvez constituam um dos objetos mais estudados nas dissertações e teses de mestrado e doutorado nas dezenas de cursos de pós-graduação em comunicação que funcionam no país. A relação das novelas com o comportamento da audiência brasileira tem sido estudada há décadas. Não só no que se refere à fertilidade e o comportamento em relação ao casamento, mas, por exemplo, em relação à política.
Os estudos dos economistas do BID, no entanto, certamente vão ajudar a legitimar os resultados que já são conhecidos, faz tempo, dos pesquisadores brasileiros.
Dica pinçada do blog Jornal de Debates de Venício A. de Lima
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