Vento
Peguei o lampião, auscultei a alma.
Marido dormia no sofá quando o vento veio.
Perfume de homem, com canela.
Entrou pelas narinas, percorreu o ventre.
Abri porta, pernas, montei no seu cavalo de cheiros, me perdi.
Quando voltei, marido se acordou.
- Você está diferente.
- Bestagem. Dorme.
No meio das pernas latejava, borboleta negra da lembrança.
Maria Helena Bandeira, esta semana, no Poema Dia.
2 comentários:
Olá! O seu blog é destaque no nosso Programa Blog da Vez, desta sexta (04/09). Ás 8 da manhã e às 2 da tarde, no www.elofm.com.br (Ouça ao vivo)
Abraços!
Alexandre Lana Lins
Apresentador e Produtor do Blog da Vez
Esse poema é delicioso!!
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