Mais uma vez a Editora Solcat Ltda colabora para reproduzir no exterior uma imagem estereotipada da mulher brasileira, desta vez com a ajuda da justiça. A Justiça Federal negou pedido da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) para tirar de circulação a revista Rio For Partiers (Rio para festeiros). O “guia turístico” se refere às brasileiras como "máquinas de sexo" e "popozudas" e classifica os bailes de carnaval como "atividades de semi-orgia".
A publicação diz ainda que as brasileiras podem ser classificadas em quatro tipos: "Britney Spears", "Popozuda", "Hippie/Raver" e "Balzac". As primeiras seriam as "filhinhas de papai", avessas a cantadas. As segundas, as "máquinas de sexo", com as quais, de acordo com a revista, "ir ao motel é sempre uma boa possibilidade". As "Hippies/Ravers" são definidas como garotas "difíceis de beijar", mas "fáceis de ir para a balada", enquanto as "Balzac" como as que, tratadas "como uma dama", retribuirá o companheiro tratando-o "como um rei, talvez não hoje à noite, mas amanhã com certeza".
A Embratur afirmou no pedido que a publicação usou de má fé o símbolo Marca Brasil, de promoção do turismo, e disse que o guia promove a exploração do turismo sexual, ao classificar as mulheres, além de violar a Política Nacional de Turismo. O juiz José Luis Castro Rodriguez, no entanto, negou o pedido, afirmando ainda que classificar as mulheres não afronta os "princípios norteadores da Política Nacional de Turismo ou violação à dignidade da pessoa humana" e não promove o turismo sexual.
Talvez o nobre juiz mude de idéia no dia que sua mãe, esposa ou filha for abordada por um turista com os adjetivos sugeridos pela Solcat.
Esta não é a primeira vez que a Solcat reduz a mulher brasileira a uma caricatura sexualizada. Já havia feito o mesmo em janeiro, em uma edição na qual recomenda que o turista não “tente pegar sua brasileira na praia", principalmente no fim de semana, além de aconselhá-lo a não tentar a abordagem na rua: “Tente derretê-la com uma aproximação suave. Tente começar a beijar o mais rápido possível”. Outra recomendação: o turista não deve insistir para ir a casa dela, e sim sugerir um passeio por onde estão os melhores motéis.
A Solcat segue uma tradição pouco honrosa da indústria do turismo brasileira que ainda responde pelas estratégias equivocadas das décadas de 70 e 80, quando o material oficial do turismo brasileiro – cartazes, folders, filmes publicitários e até a participação em congressos mundiais – passou a explorar a imagem da mulher, sempre em trajes sumários, expondo sua sensualidade inerente como um produto a ser consumido.
Falei a fundo sobre este tema no artigo “Toda brasileira é bunda?”.
Leiamais:
- Editora Solcat desrespeita mulheres brasileiras
- Toda brasileira é bunda?
A publicação diz ainda que as brasileiras podem ser classificadas em quatro tipos: "Britney Spears", "Popozuda", "Hippie/Raver" e "Balzac". As primeiras seriam as "filhinhas de papai", avessas a cantadas. As segundas, as "máquinas de sexo", com as quais, de acordo com a revista, "ir ao motel é sempre uma boa possibilidade". As "Hippies/Ravers" são definidas como garotas "difíceis de beijar", mas "fáceis de ir para a balada", enquanto as "Balzac" como as que, tratadas "como uma dama", retribuirá o companheiro tratando-o "como um rei, talvez não hoje à noite, mas amanhã com certeza".
A Embratur afirmou no pedido que a publicação usou de má fé o símbolo Marca Brasil, de promoção do turismo, e disse que o guia promove a exploração do turismo sexual, ao classificar as mulheres, além de violar a Política Nacional de Turismo. O juiz José Luis Castro Rodriguez, no entanto, negou o pedido, afirmando ainda que classificar as mulheres não afronta os "princípios norteadores da Política Nacional de Turismo ou violação à dignidade da pessoa humana" e não promove o turismo sexual.
Talvez o nobre juiz mude de idéia no dia que sua mãe, esposa ou filha for abordada por um turista com os adjetivos sugeridos pela Solcat.
Esta não é a primeira vez que a Solcat reduz a mulher brasileira a uma caricatura sexualizada. Já havia feito o mesmo em janeiro, em uma edição na qual recomenda que o turista não “tente pegar sua brasileira na praia", principalmente no fim de semana, além de aconselhá-lo a não tentar a abordagem na rua: “Tente derretê-la com uma aproximação suave. Tente começar a beijar o mais rápido possível”. Outra recomendação: o turista não deve insistir para ir a casa dela, e sim sugerir um passeio por onde estão os melhores motéis.
A Solcat segue uma tradição pouco honrosa da indústria do turismo brasileira que ainda responde pelas estratégias equivocadas das décadas de 70 e 80, quando o material oficial do turismo brasileiro – cartazes, folders, filmes publicitários e até a participação em congressos mundiais – passou a explorar a imagem da mulher, sempre em trajes sumários, expondo sua sensualidade inerente como um produto a ser consumido.
Falei a fundo sobre este tema no artigo “Toda brasileira é bunda?”.
Leiamais:
- Editora Solcat desrespeita mulheres brasileiras
- Toda brasileira é bunda?
3 comentários:
Esse turismo é, literalmente, foda!
Fecha a conta, enquanto dá e aluga pros argentinos.
lamentável...
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