Em entrevista ao jornalista Shin Oliva Suzuki ontem, uma das lendas do jornalismo estadunidense, Gay Talese, 77, fez um interessante comentário sobre o Jornalismo e a questão do diploma específico para o exercício da profissão. Talese é uma das atrações da Festa Literária Internacional de Paraty, onde conversa com o jornalista Mario Sergio Conti amanhã. O autor de “O reino e o poder”, sobre a história do “NYT”, e “A mulher do próximo”, em que narra o desenvolvimento dos hábitos sexuais dos americanos, conversou com faz sua segunda vinda ao Brasil.
Veja o comentário de Talese ao responder se o Jornalismo passa por um momento difícil:
“Não é difícil para aqueles que têm uma abordagem, um jeito de trabalhar que é diferenciado. O desafio é ser distinto do fluxo de informações que existe hoje em dia. Neste momento nós não sabemos quem é o jornalista, porque a tecnologia nivelou essa condição. Veja, uma pessoa que tem uma câmera fotográfica pode fazer bem um trabalho de jornalismo testemunhal, algo que aconteceu de forma preponderante no 11 de Setembro. Hoje em dia uma pessoa que tem um blog pode ser vista como um jornalista.
Um diploma não torna você um jornalista. Fiquei sabendo da decisão do Supremo Tribunal Federal brasileiro e é uma decisão provavelmente certa. O que faz alguém um jornalista e, mais do que isso, um profissional necessário, é ter posse de informações que vão influenciar as escolhas dos cidadãos de um país. E isso é conseguido através de informação precisa, que ouça todos os lados e seja objetiva. Quando se vai além da informação óbvia. Algo que dê profundidade, que dê perspectiva. Se o jornalismo deixa de lado a tarefa de fazer um trabalho realmente notável então ele se torna dispensável. Neste momento, o jornalismo precisa definir o que fará para se diferenciar de qualquer um que tenha tecnologia à disposição.”
Pois é...
Veja o comentário de Talese ao responder se o Jornalismo passa por um momento difícil:
“Não é difícil para aqueles que têm uma abordagem, um jeito de trabalhar que é diferenciado. O desafio é ser distinto do fluxo de informações que existe hoje em dia. Neste momento nós não sabemos quem é o jornalista, porque a tecnologia nivelou essa condição. Veja, uma pessoa que tem uma câmera fotográfica pode fazer bem um trabalho de jornalismo testemunhal, algo que aconteceu de forma preponderante no 11 de Setembro. Hoje em dia uma pessoa que tem um blog pode ser vista como um jornalista.
Um diploma não torna você um jornalista. Fiquei sabendo da decisão do Supremo Tribunal Federal brasileiro e é uma decisão provavelmente certa. O que faz alguém um jornalista e, mais do que isso, um profissional necessário, é ter posse de informações que vão influenciar as escolhas dos cidadãos de um país. E isso é conseguido através de informação precisa, que ouça todos os lados e seja objetiva. Quando se vai além da informação óbvia. Algo que dê profundidade, que dê perspectiva. Se o jornalismo deixa de lado a tarefa de fazer um trabalho realmente notável então ele se torna dispensável. Neste momento, o jornalismo precisa definir o que fará para se diferenciar de qualquer um que tenha tecnologia à disposição.”
Pois é...
3 comentários:
o stf rasgou, telese varreu e colocou no lixo.
Oi,passei pra conhecer seu blog, e desejar bom fds
bjs
aguardo sua visita :)
Isso mesmo Capeta...
Dri, visitei seu blog mas não consegui comentar. Voltarei. Volte também.
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