Semana On

quarta-feira, 18 de março de 2009

Os verdadeiros gargalos éticos do jornalismo

Excelente o artigo “A sociedade quer informação com ética e qualidade?”, do engenheiro civil Heitor Reis, publicado ontem no Observatório da Imprensa. Reis traça uma argumentação ferina e profunda a respeito do debate sobre o diploma para o exercício do Jornalismo no Brasil e aponta, de fato, onde está o nó para que se produza um jornalismo ético e compromissado. Disse o que a maioria dos coleguinhas prefere fingir que não sabe.

Leia mais sobre este tema:

- Priscila, Greenpeace e o canudo
- Os defensores do diploma e seus debates imaginários
- Debate sobre o diploma de jornalismo... que debate?
- Jornalismo e assessoria de imprensa: ética e realidade

2 comentários:

Ma disse...

Eu quero ser jornalista. E na verdade, ha dois anos atras eu havia decidido que jornalismo seria o curso ideal para mim. Mas ai eu comecei a me questionar até que ponto eu teria liberdade para escrever, ja que grande parte dos jornais é influenciada por empresas, partidos etc.

Entao eu desisti. Eu também pensei que poderia me formar em outra coisa, me especializar bem e escrever sobre a minha area.

Mas eu nao achei nada que me interessasse profundamente, a ponto de me dedicar totalmente a isso. Eu sempre fui interessada em varias coisas ao mesmo tempo.

E entao no final do ano eu me decidi que quero cursar jornalismo mesmo. Mas eu sinceramente tenho uma certa duvida se so um diploma é suficiente para ser jornalista.
Até porque, afinal, o que é um jornalista? Existem tantos formados atuando em tantas areas que fica dificil definir a profissao. Na minha opiniao, o diploma nao deveria ser necessario.

A minha outra duvida é onde estudar. E o que conta mais: uma escola considerada otima ou experiencia profissional?

Barone disse...

Olá,

penso que só o diploma não é suficiente para formar um jornalista. Para isso, é preciso muita curiosidade a respeito do mundo, muita leitura – de todos os gêneros, um espírito questionador e vontade de melhorar o mundo, sem o que o jornalista não desenvolve o espírito transformador que diferencia o jornalismo morno de um jornalismo, digamos, transformador.

Neste ano o MEC deve reformular as características dos cursos de jornalismo, a discussão está posta, inclusive aberta a sugestões na internet (veja recente post sobre este tema). Paralelamente, o Supremo Tribunal Federal deve votar ainda neste semestre a Lei de Imprensa e, com isso, a exigência do diploma pode cair.

Sobre as melhores instituições para estudar jornalismo, não saberia te dizer.