Além de expert em política, economia, saúde, culinária, espeleologia e outras muitas áreas da ciência e do conhecimento humano e intergalático, Reinaldo Azevedo, agora, se mostra um profundo conhecedor da sexualidade. Imperdível o grau de irresponsabilidade e obscurantismo que ele alcançou com o post “E por falar em sexo...”.
Seu comentário veio na onda das recentes declarações do papa Bento XVI que, em visita à Camarões (África), disse que a distribuição gratuita de preservativos não colaborava na luta contra a AIDS: sugeriu a abstinência sexual como remédio mais eficaz. Não é preciso dizer que a declaração gerou reações em todo o mundo.
A pouca flexibilidade do Vaticano torna-se mais notória quando confrontada com o avanço da AIDS no mundo.
Quando o Papa João Paulo II afirmou – na Tanzânia, em 1990 - que o uso de preservativos era pecado em toda e qualquer circunstância e que só a abstinência e a fidelidade podiam evitar o alastramento da epidemia, havia dez milhões de pessoas infectadas com o vírus do HIV. Hoje, são perto de 40 milhões.
Dois terços desse total vivem na África. Em 2010, dos 50 milhões de órfãos que a ONU calcula que venham a existir naquela zona do globo, 18 milhões serão órfãos da síndrome de imunodeficiência adquirida. Em 1990, 2% das crianças africanas tinham perdido um ou os dois pais para a AIDS. Hoje, esse valor é de 28%. Ainda assim, Bento XVI repete exatamente o discurso de seu antecessor.
Na África, o continente mais afetado pela doença, ainda há muitas pessoas que acreditam que a AIDS é um castigo divino. Portanto, esperam da parte do Papa uma resposta para a doença. Vale lembrar que um quinto dos africanos é católico e que esta é a região do mundo onde a Igreja de Roma mais tem crescido.
Seria muito pedir responsabilidade?
Seu comentário veio na onda das recentes declarações do papa Bento XVI que, em visita à Camarões (África), disse que a distribuição gratuita de preservativos não colaborava na luta contra a AIDS: sugeriu a abstinência sexual como remédio mais eficaz. Não é preciso dizer que a declaração gerou reações em todo o mundo.
A pouca flexibilidade do Vaticano torna-se mais notória quando confrontada com o avanço da AIDS no mundo.
Quando o Papa João Paulo II afirmou – na Tanzânia, em 1990 - que o uso de preservativos era pecado em toda e qualquer circunstância e que só a abstinência e a fidelidade podiam evitar o alastramento da epidemia, havia dez milhões de pessoas infectadas com o vírus do HIV. Hoje, são perto de 40 milhões.
Dois terços desse total vivem na África. Em 2010, dos 50 milhões de órfãos que a ONU calcula que venham a existir naquela zona do globo, 18 milhões serão órfãos da síndrome de imunodeficiência adquirida. Em 1990, 2% das crianças africanas tinham perdido um ou os dois pais para a AIDS. Hoje, esse valor é de 28%. Ainda assim, Bento XVI repete exatamente o discurso de seu antecessor.
Na África, o continente mais afetado pela doença, ainda há muitas pessoas que acreditam que a AIDS é um castigo divino. Portanto, esperam da parte do Papa uma resposta para a doença. Vale lembrar que um quinto dos africanos é católico e que esta é a região do mundo onde a Igreja de Roma mais tem crescido.
Seria muito pedir responsabilidade?
5 comentários:
pô, barone, estamos com uma campanha lá no bloguinho, unida a outrs tantas, sobre ess'istória medieval de que o "estupro é mais aceitável que o aborto".
posso postar este excelente texto?
abçs
Claro que pode Samuca. Apenas cite a fonte. Um abraço.
Houve um retrocesso na igreja. O papa e seus discípulos, como o bispo excomungador, voltaram à Idade Média; só não ateiam fogo aos pecadores, porque poderiam provocar uma catástrofe ecológica. Argh! O que que esses caras querem? Não dá pra acreditar!
Oi Barone
O engraçado é que o Vaticano não consegue manter a abstinência nem dentro dos conventos...
Realmente, o tio Rei se superou nesse assunto. Ele é incapaz de assumir honestamente que, sim, o Papa disse algo equivocado.
Aqui na França muitos religiosos (inclusive dentro da Igreja) se opuseram a Bento XVI.
Abraço!
Lelec
É... também não sei onde eles imaginam que vão parar. Ocorre que, sem os dogmas, o que sobra das religiões. É neles que elas se agarram.
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