Semana On

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Poesia

interseções

Ralei osso madrugada toda.
Amanheci diagrama.
Interseções da gente
são nossos ideais.
As outras partes
nossas distâncias:
solidão cheia de sol.
Chover pra que se tenho lágrimas?
Inundo palavra-rio-arredores.
Razão não é ter água pelas canelas.
São profundezas fósseis de minhas dores.
Cultivo o tempo em jardins públicos de praças.
meu regador é aquilo que sou:
restos mortais
chão de clarear estrelas...

Flávia Muniz

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