Semana On

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Pressa

Vesti minha pressa
E olhei a vida correndo pela janela
Emoldurada de pernas e olhos
Se afastando pela esquina
Enquanto formava em minha boca
Uma palavra morta

Despi-me de nexo
E alcancei a porta que se abria
Amodorrada de cansaço e ferrolhos
Me aprisionando como imã
Enquanto lembrava em tua face
Um poema em prosa

Na esquina de minh´alma
Agarrei o porvir com unhas e dentes
Com gana de louco
Os olhos nas órbitas
A eclodir

E assim
Vestido de raio
Nu de mim

Me perdi

2 comentários:

Luiz Roberto Lins Almeida disse...

nussa! adorei essa pressa! muito bom mesmo
nu de mim

Alice Salles disse...

e quem te acha agora?