Vesti minha pressa
E olhei a vida correndo pela janela
Emoldurada de pernas e olhos
Se afastando pela esquina
Enquanto formava em minha boca
Uma palavra morta
Despi-me de nexo
E alcancei a porta que se abria
Amodorrada de cansaço e ferrolhos
Me aprisionando como imã
Enquanto lembrava em tua face
Um poema em prosa
Na esquina de minh´alma
Agarrei o porvir com unhas e dentes
Com gana de louco
Os olhos nas órbitas
A eclodir
E assim
Vestido de raio
Nu de mim
Me perdi
2 comentários:
nussa! adorei essa pressa! muito bom mesmo
nu de mim
e quem te acha agora?
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