Pelo vidro embaçado
vejo o mendigo bailarino.
Ele dança conforme a chuva.
Ele mexe imitando os pingos.
O mendigo dança sem música.
Na calçada ele dança
e se cala.
Da janela embaçada
ouço a música
que o embala.
O mendigo bailarino
baila
ao som do nada.
2 comentários:
Gostei muito!
Parabéns!
É uma cena do cotidiano que transformada em poema fica mais amena. O mendigo e dança e no carro a gente vê, aprecia e se isenta. Gostei.
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