Respiro teu perfume
em meus dedos de seda
Me alimento do teu gosto
em meus lábios crispados
Na fina pele
percebo teus gemidos
Na ponta da língua
me abasteço
de você
E o poema nasce assim,
órfão de sentidos
repleto de ti
Se esparrama
como sêmen
sobre a pele incauta
Ocupa o espaço
onde, antes,
nada.
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