Semana On

terça-feira, 28 de outubro de 2008

um poema

Corro por estas estradas
sem tocar os pés no asfalto
sem perceber o vento quente
que lambe meu rosto

Para trás, escárnio e fúria
gargalhadas e garras
palavras que se agarram ao ar
como sal cortando pele

Corro por estas estradas
sem entregar os olhos ao ar
sem perceber a verve suja
a macular minha boca

Victor Barone

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