Semana On

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Acidez

Eis que caí em mim
E me vi raso, seco
Ácido

Eu que sempre
Olhei espelhos
Pra te ver assim
Voante

Que sempre
Atravanquei estantes
Com livros raros
E flores de papel

Eu que sempre
Cantei mentiras
Pra me ter assim
Errante

Que sempre
Entulhei minha alma
De promessas
E revoluções

Agora que caio em mim
Me vejo assim
Raso
Seco
Ácido

VB

3 comentários:

Alice Salles disse...

Porque fazemos o que fazemor para conseguir mais do que o maximo... voamos alem das nuvens!

valéria tarelho disse...

maravilha, Victor!
posso furtar este e outros poemas para publicar no "impura poesia"?

beijo!

Barone disse...

Olá Valéria. Seria um prazer! Um beijo.