Semana On

sábado, 5 de agosto de 2006

Dia a dia

Se fosse aqui...

Seria muito interessante uma investigação como a que ocorreu em Rondônia aqui em Mato Grosso do Sul. Se lá a Polícia Federal prendeu 23 pessoas suspeitas de envolvimento em esquema da Assembléia Legislativa para desvio de recursos públicos e influência indevida sobre Poder Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e Poder Executivo do Estado, o que acharia por aqui?Entre os presos de lá estão o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Sebastião Teixeira Chaves, e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Carlos de Oliveira. Também foram presos o juiz José Jorge Ribeiro da Luz, o conselheiro do Tribunal de Contas Edilson de Souza Silva, o procurador de Justiça José Carlos Vitachi, o diretor geral da Assembléia Legislativa, José Ronaldo Palitot, servidores, assessores e familiares de deputados.A polícia informou que o grupo já desviou R$ 70 milhões.

Quem rouba ladrão...

O funcionário da limpeza da Câmara Federal Antonio Medeiros encontrou três maços de dinheiro com notas de R$ 100 no gabinete do deputado Junior Betão (PL-AC). De acordo com a polícia legislativa, o total encontroado era de R$ 2.800. O dinheiro foi devolvido ao dono. Bom exemplo para os deputados.


Briga de cachorro sarnento

O evangélico Adair Martins, dono do jornal Diário do Pantanal, foi alvo de intrigas maldosas neste sábado. Duas pessoas me ligaram para saber se eu havia visto um programa ontem na TVE Regional no qual o governador Zeca do PT teria destilado críticas ao candidato a deputado estadual. Não, vi, nem sei se realmente ocorreu. Só sei que queria ter visto. Afinal, o religioso Adair, que costuma a tomar cafezinho com Deus de manhã e fumar charuto com o capeta a noite, não é mesmo flor que se cheire...

Dor no couro

O empresário Jaime Valler, dono do jornal O Estado, anda muito chateado com o Governo Zeca, que lhe tascou alguns milhões de multa no lombo devido a sua movimentação financeira relativa a indústria do couro. Agora, quer reunir um grupo de empresários descontentes para fortalecer seu jornal e tomar fôlego para encarar a pressão até o final do mandato petista.

Cuba Libre?

Esta sacada está na Veja deste final de semana, e é um retrato fiel lá da ilha. Muda o ditador, mas a repressão é a mesma. Que digam os jornalistas proibidos de desembarcar no feudo dos Castro.

Polaco Verde

Entrevistei ontem a noite o embaixador da Polônia no Brasil, Pawel Kulka Kulpiowski. Se disse preocupado com a natureza devido a possibilidade de exploração do minério de ferro em Corumbá: “Deixo uma mensagem de que se pode conseguir aproveitar esta riqueza, que tem que ser aproveitada, mas sem deixar de proteger o Pantanal, que é uma beleza admirada por todo o mundo”, afirma.

Violência

Ao menos seis pessoas atiraram pedras e duas bombas de fabricação caseira na entrada da sinagoga da Sociedade Israelita Brasileira Beth Jacob, em Campinas, na noite de sexta-feira. Os artefatos explodiram e danificaram a porta principal da sinagoga. Ninguém ficou ferido. Na calçada, os agressores escreveram com tinta branca: "Líbano, o verdadeiro holocausto".A atual onda de violência entre Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah, que teve início no dia 12 de julho, já deixou quase mil mortos. Só no Líbano, cerca de 900 pessoas morreram, sendo 800 civis. Em Israel, confrontos e foguetes do Hizbollah deixaram mais de 70 mortos, 30 civis.
O que dizer disso? Qualquer ato terrorista, seja de violência física ou psicológica, deve ser condenado e combatido. No entanto, há um terrorismo oficializado, como o que Israel promove no Oriente Médio, que deve também ser execrado. Israel se coloca acima do bem e do mal, sob a proteção dos Estados Unidos e isso pode começar a gerar distúrbios como este, ocorrido em Campinas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá. Não existe a possibilidade dos acontecimientos em Campinas serem resultados da propaganda contra Israel?
Afinal de contas, até fotos editadas estão sendo usadas contra Israel, conforme link abaixo, o que apenas comprova que, na verdade, ocorre uma Guerra "assimétrica".

http://br.today.reuters.com/news/newsArticle.aspx?type=worldNews&storyID=2006-08-06T214922Z_01_N06285150_RTRIDST_0_MUNDO-ORMED-REUTERS-FOTO-POL.XML

Barone disse...

Olá Rafael,

exageros sempre ocorrem. No caso de uma guerra, certamente as informações acabam sendo usadas como propaganda, de ambos os lados.

Propaganda contra Israel é esperada de grupos anti-semitas. Estes, nós condenamos e queremos ver relegados ao lixo da história.

No entanto, por parte de grupos isentos, esperamos apenas a divulgação da verdade e a condenação dos abusos, de ambos os lados.

É bom deixar claro que discordar das políticas militaristas de Israel não é ser anti-semita.

Falando especificamente do conflito no Libano, o problema é que Israel esta travando uma guerra irresponsável na qual as principais vítimas são civis.

Guerrear contra terroristas é justo e passível do apoio internacional, mas matar 10 civis para cada terrorista é, no mínimo, esquecer o passado do povo judeu, que, assim como alguns povos de origem árabe hoje, sofreu perseguições injustas no passado.