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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Poema

Com o mesmo furor com que
Aprisionei teu perfume em minha pele
Deixarei a brisa leve arrancá-lo de mim

Como folha de outono que o vento leva
Espuma no mar que em primavera
Anoitece o teu dia

Com o mesmo espanto
Vou calar tua presença
Criança tapando ouvidos
Ao som da madrugada

E então, repleto de alegria
Encontrarei os olhos do cão que me observa

5 comentários:

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Anoiteça-o, pondo luzes noutro sol... ;)

olharesdoavesso disse...

"E então, repleto de alegria
Encontrarei os olhos do cão que me observa" muito bom Barone, a fidelidade e a dependência em um só olhar abs

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

A presença da lembrança, a vontade da palavra esquecimento...Belo Poema!


ab

ValériaC disse...

Muito lindo poema, amigo.
Nos leva a refletir...
Tenha um lindo domingo!
Bjo
Valéria

Jonathan disse...

Nossa, adorei a última estrofe!!!
É choque em relação ao restante do poema!!! Gostei, gostei!!!!!