Excelente o artigo do jornalista Dante Filho, publicado hoje no site de notícias Midiamax, sobre a queda da exigência de diploma para o exercício do Jornalismo no Brasil. Dante faz um desabafo recheado de sarcasmo inteligente. Vale a leitura.
“Mas nem tudo são espinhos, meus amigos. Mantenham os diplomas pendurados nas paredes. Não os joguem no lixo. Eles podem ser elementos motivacionais. Eles podem, finalmente, tirá-los da cômoda situação que os levavam imaginar que bastava ter um canudo nas mãos para ter o mundo a seus pés. É bom começar a ralar, ler mais, exercer com maior esforço o senso crítico, combater com maior veemência os bandidos das redações (até porque estes ganharam espaço agradando o patronato com mimos mil).”
“Quem sabe agora possamos dar um pouco mais de racionalidade ao debate e pensar em cursos suplementares de jornalismo com dois anos de duração (no máximo) para aqueles que querem exercer a profissão. É simples: o sujeito que se formou em direito, engenharia, economia, odontologia etc., faz uma espécie de especialização para se tornar jornalista.”
Muito boa, também, a análise do jornalista (e professor de Jornalismo) Alec Duarte sobre o futuro dos cursos de Jornalismo e da profissão.
"Comecemos pela repercussão: que triste constatar centenas de comentários de jornalistas diplomados tratando a questão meramente como “joguei quatro anos no lixo” ou “e os R$ 60 mil que paguei pelo curso, como ficam?. Sintomáticas, são frases que exemplificam porque o jornalismo está tão ruim. Quer dizer que desde sempre a questão foi tratada apenas como um trâmite, uma obrigação a se cumprir, como se a formação pessoal não contasse nada."
“Mas nem tudo são espinhos, meus amigos. Mantenham os diplomas pendurados nas paredes. Não os joguem no lixo. Eles podem ser elementos motivacionais. Eles podem, finalmente, tirá-los da cômoda situação que os levavam imaginar que bastava ter um canudo nas mãos para ter o mundo a seus pés. É bom começar a ralar, ler mais, exercer com maior esforço o senso crítico, combater com maior veemência os bandidos das redações (até porque estes ganharam espaço agradando o patronato com mimos mil).”
“Quem sabe agora possamos dar um pouco mais de racionalidade ao debate e pensar em cursos suplementares de jornalismo com dois anos de duração (no máximo) para aqueles que querem exercer a profissão. É simples: o sujeito que se formou em direito, engenharia, economia, odontologia etc., faz uma espécie de especialização para se tornar jornalista.”
Muito boa, também, a análise do jornalista (e professor de Jornalismo) Alec Duarte sobre o futuro dos cursos de Jornalismo e da profissão.
"Comecemos pela repercussão: que triste constatar centenas de comentários de jornalistas diplomados tratando a questão meramente como “joguei quatro anos no lixo” ou “e os R$ 60 mil que paguei pelo curso, como ficam?. Sintomáticas, são frases que exemplificam porque o jornalismo está tão ruim. Quer dizer que desde sempre a questão foi tratada apenas como um trâmite, uma obrigação a se cumprir, como se a formação pessoal não contasse nada."
4 comentários:
Concordo absolutamente Barone,
mas o país tem que fazer isso com muitas outras profissões, outros cursos.
O que vemos em nosso mercado, não são apenas jornalistas sem conteúdo e cheios de hipocrisia, existem milhares de novos advogados, novos professores, novos publicitários que não tem conhecimento diferencial algum.
Jornalismo não é mera formação acadêmica, é sobretudo a formação do homem como homem, creio eu, com minha pouca experiência que jornalismo seja uma espécie de metafísica. O problema é meu amigo, se mesmo sabendo as regras do jogo os cães estavam perdidos, agora ficaremos correndo atrás do próprio rabo. Espero sinceramente que seu Gilmar Mendes saiba o que está fazendo.
um abraço companheiro.
Parabéns pra você...
Felicidades, Bar One!!!
- Pimenta
Posso falar pela minha área, Design. O empregador - uma agência publicitária, por exemplo - pouco se importa se tens ou não canudo, quer é ver portifólio, ou seja, seus trabalhos.
Como tão bem me definiram, existem profissões - como o jornalismo e o design - em que a técnica vc pega rápido: o resto da sua vida é a coleta de referências, para montar sua obra, numa prática constante.
Não carecem de um acompanhamento acadêmico, formalizado, tão intensivo assim como em medicina, por exemplo.
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