A visita do Papa Bento XVI ao Oriente Médio, em especial a Israel e aos territórios palestinos ocupados pelo exército israelense, pode terminar sem acrescentar muita coisa ao panorama local. Se assumisse um compromisso de transparência e de coragem, no entanto, o Papa poderia colaborar para a pavimentação de um caminho que levasse a solução do conflito.
Em Março de 2000, João Paulo II preparou o caminho da reconciliação e visitou Israel. Apresentou desculpas por séculos de difamação e de perseguição perpetrada pela igreja e pelos cristãos (ou com a sua cumplicidade ativa ou passiva). Este passo foi importante e necessário. No entanto, como disse o acadêmico suíço Tariq Said Ramadan, “o que tanto a comunidade internacional como o Oriente Médio precisam é de um Papa que avance um passo para além da expressão de desculpas para assumir a responsabilidade”.
Seria muito importante que Bento XVI se comprometesse em abrir os arquivos do Vaticano, dando mais transparência ao passado e assumindo uma postura de autocrítica quanto à política da Igreja Católica para com os judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Da mesma forma, o Papa deveria deixar claro que os direitos de todos os crentes devem ser igualmente respeitados. Judeus, cristãos e muçulmanos devem ter o mesmo direito de praticar a sua religião e igualdade de acesso aos lugares santos.
Ao ser omisso quanto a esta questão, o Papa, e muitos cristãos ao redor do mundo, confirmam a idéia de que há um antagonismo judeu-muçulmano, transformando uma questão política em um conflito entre duas religiões.
“Além disso, precisamos que o Papa seja coerente com os valores cristãos e que fale a verdade: como chefe da Igreja Católica, ele tem um dever moral de estar do lado dos pobres e oprimidos. Os palestinos são os oprimidos, que estão sofrendo sob um intolerável bloqueio em Gaza.”, afirma Ramadan.
Seria de bom tom se o Papa lembre ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (cujo partido não reconhece o Estado palestino) e ao seu ministro das relações estrangeiros, Avigdor Lieberman que não haverá paz sem justiça e que o sangue dos palestinos tem o mesmo valor que o dos israelenses.
“O silêncio sobre esta questão seria, implicitamente, apoiar Israel: numa época de repressão, evitar a política, é política.”, conclui Ramadan.
Em Março de 2000, João Paulo II preparou o caminho da reconciliação e visitou Israel. Apresentou desculpas por séculos de difamação e de perseguição perpetrada pela igreja e pelos cristãos (ou com a sua cumplicidade ativa ou passiva). Este passo foi importante e necessário. No entanto, como disse o acadêmico suíço Tariq Said Ramadan, “o que tanto a comunidade internacional como o Oriente Médio precisam é de um Papa que avance um passo para além da expressão de desculpas para assumir a responsabilidade”.
Seria muito importante que Bento XVI se comprometesse em abrir os arquivos do Vaticano, dando mais transparência ao passado e assumindo uma postura de autocrítica quanto à política da Igreja Católica para com os judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Da mesma forma, o Papa deveria deixar claro que os direitos de todos os crentes devem ser igualmente respeitados. Judeus, cristãos e muçulmanos devem ter o mesmo direito de praticar a sua religião e igualdade de acesso aos lugares santos.
Ao ser omisso quanto a esta questão, o Papa, e muitos cristãos ao redor do mundo, confirmam a idéia de que há um antagonismo judeu-muçulmano, transformando uma questão política em um conflito entre duas religiões.
“Além disso, precisamos que o Papa seja coerente com os valores cristãos e que fale a verdade: como chefe da Igreja Católica, ele tem um dever moral de estar do lado dos pobres e oprimidos. Os palestinos são os oprimidos, que estão sofrendo sob um intolerável bloqueio em Gaza.”, afirma Ramadan.
Seria de bom tom se o Papa lembre ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (cujo partido não reconhece o Estado palestino) e ao seu ministro das relações estrangeiros, Avigdor Lieberman que não haverá paz sem justiça e que o sangue dos palestinos tem o mesmo valor que o dos israelenses.
“O silêncio sobre esta questão seria, implicitamente, apoiar Israel: numa época de repressão, evitar a política, é política.”, conclui Ramadan.
2 comentários:
Barone, no momento em que comecei a ler seu artigo, o Jornal Nacional estava comentando sobre o assunto.
Incrivel como a imprensa so anda mostrando um lado do conflito.
Sim. Este tema é um exemplo claro de como a mídia navega por águas rasas.
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