A visita do ministro de relações exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, a Europa, começou mal. Ontem, durante reunião com o ministro das relações exteriores da Itália, Franco Frattini, Lierberman - que é conhecido por suas declarações racistas e que lidera o partido de extrema direita Yisrael Beitenu (Israel é nossa casa) - se negou mais uma vez a endossar a idéia de um Estado Palestino, como tem defendido os Estados Unidos e a União Européia.
Lierberman disse que o incremento das relações entre Israel e a União Européia não deve ser “relacionado aos demais problemas do Oriente Médio”. Este incremento, motivo da primeira visita oficial do ministro israelense ao velho mundo, daria a Israel mais acesso aos mercados europeus e ampliaria a cooperação em áreas como energia, meio ambiente, combate ao crime e ao terrorismo e educação. A afirmação de Lierberman foi uma resposta a Benita Ferrero-Waldner, comissaria de relações exteriores da União Européia, que na semana passada criticou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por sua negativa em endossar a criação de um Estado palestino. A resposta oficial de Israel foi de que este tipo de crítica poderia prejudicar avanços no processo de paz.
A posição adotada por Lieberman não é surpresa. Em seu primeiro pronunciamento como ministro, ele já havia deixado claro que, em sua opinião, concessões aos palestinos significavam apenas guerra. Tão pouco é surpresa o posicionamento do Governo de Israel, que jamais aceitou críticas sobre sua postura em relação à questão palestina ou mesmo às resoluções das Nações Unidas sobre o tema.
Na contramão das declarações de Lieberman e Netanyahu, o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, afirmou que o primeiro ministro de seu país levará aos Estados Unidos um plano baseado na criação de dois Estados para resolver o conflito do Oriente Médio. Netanyahu, que deve viajar no final de maio a Washington, onde se reunirá com o presidente Barack Obama, não comentou a afirmação de Ehud Barak ao jornal Haaretz, segundo a qual o primeiro-ministro israelense "aceitou os Acordos de Oslo, que estipulavam a criação de um Estado palestino junto ao de Israel”.
O fato é que o governo israelense segue a mesma estratégia de décadas: informações truncadas, iscas lançadas para agradar os peace makers de plantão e, por outro lado, a manutenção das políticas de expansão dos assentamentos na Cisjordânia – em flagrante violação das resoluções 181 e 242 da ONU - e de negação de um Estado palestino autônomo.
A visita de Netanyahu aos estados Unidos será um momento interessante para confirmar este jogo hipócrita bancado por israelenses e estadunidenses. Ou será que Obama vai bater o pé?
Lierberman disse que o incremento das relações entre Israel e a União Européia não deve ser “relacionado aos demais problemas do Oriente Médio”. Este incremento, motivo da primeira visita oficial do ministro israelense ao velho mundo, daria a Israel mais acesso aos mercados europeus e ampliaria a cooperação em áreas como energia, meio ambiente, combate ao crime e ao terrorismo e educação. A afirmação de Lierberman foi uma resposta a Benita Ferrero-Waldner, comissaria de relações exteriores da União Européia, que na semana passada criticou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por sua negativa em endossar a criação de um Estado palestino. A resposta oficial de Israel foi de que este tipo de crítica poderia prejudicar avanços no processo de paz.
A posição adotada por Lieberman não é surpresa. Em seu primeiro pronunciamento como ministro, ele já havia deixado claro que, em sua opinião, concessões aos palestinos significavam apenas guerra. Tão pouco é surpresa o posicionamento do Governo de Israel, que jamais aceitou críticas sobre sua postura em relação à questão palestina ou mesmo às resoluções das Nações Unidas sobre o tema.
Na contramão das declarações de Lieberman e Netanyahu, o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, afirmou que o primeiro ministro de seu país levará aos Estados Unidos um plano baseado na criação de dois Estados para resolver o conflito do Oriente Médio. Netanyahu, que deve viajar no final de maio a Washington, onde se reunirá com o presidente Barack Obama, não comentou a afirmação de Ehud Barak ao jornal Haaretz, segundo a qual o primeiro-ministro israelense "aceitou os Acordos de Oslo, que estipulavam a criação de um Estado palestino junto ao de Israel”.
O fato é que o governo israelense segue a mesma estratégia de décadas: informações truncadas, iscas lançadas para agradar os peace makers de plantão e, por outro lado, a manutenção das políticas de expansão dos assentamentos na Cisjordânia – em flagrante violação das resoluções 181 e 242 da ONU - e de negação de um Estado palestino autônomo.
A visita de Netanyahu aos estados Unidos será um momento interessante para confirmar este jogo hipócrita bancado por israelenses e estadunidenses. Ou será que Obama vai bater o pé?
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