Navegando pelos meus ancoradouros prediletos na noite de ontem me deparei com uma notícia de arregalar os olhos no blog Fronteira Livre: uma campanha deliberada do Ministério do Turismo israelense para tirar os territórios palestinos do mapa. Isso mesmo.
A propaganda (você já viu a foto acima), afixada no metrô londrino, incentivava o turismo em Israel mostrando um mapa do país englobando os territórios palestinos ocupados da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, além das Colinas de Golã, território sírio ocupado durante a guerra de 1967.
Os cartazes foram retirados após uma série de protestos feitos junto à Britain’s Advertising Standards Authority (ASA), que regulamenta a publicidade na Inglaterra. Os grupos The Palestine Solidarity Campaign (PSC) e Jews for Justice for Palestinians comemoraram a decisão diante da tentativa do Ministério do Turismo israelense de “deliberadamente negar a existência da Palestina”.
“As propagandas tiravam a Palestina do mapa. É particularmente grotesco usar este tipo de mapa em uma propaganda turística, visto que, sob o bloqueio israelense, nem mesmo ajuda humanitária pode entrar nos territórios ocupados”, disse o PSC em comunicado oficial.
Os cartazes, que começaram a aparecer em Londres há menos de duas semanas - onde foram encontrados em pelo menos 150 localidades - custaram cerca de 40 mil libras, segundo o jornal Jewish Chronicle.
Vale lembrar que o Ministério do Turismo israelense tem no comando Stas Misezhnikov, membro do partido Yisrael Beitenu, cujo líder, o ministro das Relações Exteriores de Israel Avigdor Liberman (que deve visitar o Brasil em julho), defende, entre outras barbaridades, a segregação dos árabes. Coincidência?
Não foi a primeira vez
Para quem acha que o caso não passou de um mal entendido, como quis fazer crer o Governo de Israel, é bom não esquecer que esta não foi a primeira vez que o Ministério do Turismo israelense tenta promover o turismo na terra dos outros.
Em 2007, um anúncio na Radio Times magazine também divulgava mapas onde os territórios palestinos ocupados eram apresentados como parte de Israel.
Em 2002, uma reportagem da BBC denunciava o incremento dos investimentos em turismo feitos pelo Governo israelense nos territórios ocupados, apesar de protestos de palestinos e israelenses antenados: “Parece que nem balas, nem bombas – e nem a lei internacional – podem deter os planos do Ministério do Turismo de incrementar o turismo na Cisjordânia e na Faixa de Gaza”, afirmava a reportagem. Suspeito que nada mudou nestes sete anos.
A propaganda (você já viu a foto acima), afixada no metrô londrino, incentivava o turismo em Israel mostrando um mapa do país englobando os territórios palestinos ocupados da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, além das Colinas de Golã, território sírio ocupado durante a guerra de 1967.
Os cartazes foram retirados após uma série de protestos feitos junto à Britain’s Advertising Standards Authority (ASA), que regulamenta a publicidade na Inglaterra. Os grupos The Palestine Solidarity Campaign (PSC) e Jews for Justice for Palestinians comemoraram a decisão diante da tentativa do Ministério do Turismo israelense de “deliberadamente negar a existência da Palestina”.
“As propagandas tiravam a Palestina do mapa. É particularmente grotesco usar este tipo de mapa em uma propaganda turística, visto que, sob o bloqueio israelense, nem mesmo ajuda humanitária pode entrar nos territórios ocupados”, disse o PSC em comunicado oficial.
Os cartazes, que começaram a aparecer em Londres há menos de duas semanas - onde foram encontrados em pelo menos 150 localidades - custaram cerca de 40 mil libras, segundo o jornal Jewish Chronicle.
Vale lembrar que o Ministério do Turismo israelense tem no comando Stas Misezhnikov, membro do partido Yisrael Beitenu, cujo líder, o ministro das Relações Exteriores de Israel Avigdor Liberman (que deve visitar o Brasil em julho), defende, entre outras barbaridades, a segregação dos árabes. Coincidência?
Não foi a primeira vez
Para quem acha que o caso não passou de um mal entendido, como quis fazer crer o Governo de Israel, é bom não esquecer que esta não foi a primeira vez que o Ministério do Turismo israelense tenta promover o turismo na terra dos outros.
Em 2007, um anúncio na Radio Times magazine também divulgava mapas onde os territórios palestinos ocupados eram apresentados como parte de Israel.
Em 2002, uma reportagem da BBC denunciava o incremento dos investimentos em turismo feitos pelo Governo israelense nos territórios ocupados, apesar de protestos de palestinos e israelenses antenados: “Parece que nem balas, nem bombas – e nem a lei internacional – podem deter os planos do Ministério do Turismo de incrementar o turismo na Cisjordânia e na Faixa de Gaza”, afirmava a reportagem. Suspeito que nada mudou nestes sete anos.
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