Semana On

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Israel atacou escolas da ONU. E agora Reinaldo Azevedo?

No dia 4 de fevereiro, Reinaldo Azevedo publicava a seguinte manchete em seu blog: “Não, Israel não atacou a escola da ONU. era uma farsa do Hamas. A ONU foi obrigada a admitir a verdade. Quase um mês depois! Cadê as manchetes?”. Ali, o articulista da Veja esbravejava seu contentamento sobre a notícia de que os ataques de Israel contra escolas na Faixa de Gaza durante a ofensiva de janeiro teria sido falsa.

No texto, a irresponsabilidade de Azevedo chega ao ponto da seguinte afirmação: “Todas, rigorosamente todas as ditas ‘atrocidades’ cometidas por Israel têm origem no, como direi?, Departamento de Propaganda do Hamas: do grande número de crianças e civis mortos ao uso de bombas de fragmentação e fósforo branco para atacar pessoas.”

Na oportunidade ele faz, ainda, a seguinte crítica ao jornalista Marcelo Coelho, da Folha de S.Paulo, que "ousou" condenar sua postura de apoio ao massacre: “O jornalismo dele, não sei para que serve. O meu existe, entre outras razões, para que os freqüentadores deste blog possam ler com mais acuidade o que é noticiado na imprensa.”.

Na verdade o jornalismo de Azevedo existe para inflar o próprio ego e dar voz aos que apóiam a forma como ele enxerga o mundo. Basta dizer que no blog do Azevedo só são aceitos comentários favoráveis aos seus pontos de vista. Precisa falar mais? Precisa.

Ocorre que ontem, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, divulgou um relatório da entidade afirmando que Israel mentiu sobre os ataques a escolas e outras instalações da organização durante a ofensiva. Ban disse que uma investigação da ONU provou que armas israelenses - algumas contendo fósforo branco - foram a "causa indiscutível" da destruição de várias escolas, de uma clínica médica e da sede da entidade mundial em Gaza. Um dos ataques teria matado mais de 40 pessoas.

O Comitê da ONU Contra a Tortura denunciou também a existência em Israel de um centro de detenção secreto e sua utilização pelos serviços secretos israelenses para realizar interrogatórios. A chamada “instalação 1391”, situada em “um local indeterminado de Israel e inacessível para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha”, foi alvo de uma das acusações apresentadas pelos especialistas do comitê, reunidos em Genebra.

E agora Reinaldo, cadê as manchetes?

2 comentários:

Adriana Godoy disse...

Desculpe a palavra vulgar, que se foda esse Azevedo...odeio esse cara e sua arrogância....

Barone disse...

Poizé Adriana, o cara causa asco. A vontade é de nem ler. Mas é preciso ocupar espaço, ou os Azevedos da vida ocupam todos eles e as mentiras se propagam como verdades absolutas.