“Vai, vai, avança, corre! Volta, volta, volta! Mandei voltar!!”, gritava ele, enquanto da arquibancada alguns subversivos provocavam: “Cala a boca, tira o microfone deste cara”.
Sem se importar com a reação da platéia, ele comandava o time usando o sistema de som do evento, como se não bastasse o gogó. Microfone sem fio em mãos, corria pela beirada do campo, ensandecido, embalado pelos gritos de guerra proferidos pelos gatos pingados da raça rubro-negra campo-grandense: “Oh, meu mengão, eu gosto de você...”.
Em campo, os ex-craques Adílio e Rondineli (ele mesmo, o Deus da Raça), se esforçavam para fazer jus ao cachê.
Os provocadores, confortavelmente sentados a menos de 10 metros do alambrado, não perdoavam: “Este goleiro é seu sobrinho?”, e ele não perdia a pose. Sem tirar os olhos da movimentação de seu excrete de ouro, rebateu, correndo pelo gramado, sua voz reverberando pelas caixas de som: “Ele é nosso goleiro titular, em mais de 300 jogos perdemos apenas seis, é goleiro profissional”.
“Tira o microfone deste mala”, rebatiam alguns, na réplica.
E a charanga da Raça insistia: “Olê, olá, a raça vem aí e o bicho vai pegar”.
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Reminiscências de uma pelada de fim de semana (Foto de Denilsion Secreta)
Sem se importar com a reação da platéia, ele comandava o time usando o sistema de som do evento, como se não bastasse o gogó. Microfone sem fio em mãos, corria pela beirada do campo, ensandecido, embalado pelos gritos de guerra proferidos pelos gatos pingados da raça rubro-negra campo-grandense: “Oh, meu mengão, eu gosto de você...”.
Em campo, os ex-craques Adílio e Rondineli (ele mesmo, o Deus da Raça), se esforçavam para fazer jus ao cachê.
Os provocadores, confortavelmente sentados a menos de 10 metros do alambrado, não perdoavam: “Este goleiro é seu sobrinho?”, e ele não perdia a pose. Sem tirar os olhos da movimentação de seu excrete de ouro, rebateu, correndo pelo gramado, sua voz reverberando pelas caixas de som: “Ele é nosso goleiro titular, em mais de 300 jogos perdemos apenas seis, é goleiro profissional”.
“Tira o microfone deste mala”, rebatiam alguns, na réplica.
E a charanga da Raça insistia: “Olê, olá, a raça vem aí e o bicho vai pegar”.
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Reminiscências de uma pelada de fim de semana (Foto de Denilsion Secreta)
6 comentários:
Ai... eu não fui!
Queria ter passado por lá.
Adorei o post!
Bjo
Tenho inveja dessas coisas de "homem". Dá vontade de fazer parte da turma. beijo.
História bacana, Victor. São essas pequenas crônicas, muitas vezes varzeanas ou marginais, que fazem a história crescer.
Obrigado pelos seus escritos,
Alaor Ignácio
Funny!
Po, se fosse uma com o Dinamite, o Geovani, Valdir Bigode, Bismarck, Carlos Germano, Juninho Pernambucano ou Edmundo eu até iria
ehehehe
Saudações Bacalhescas ao Urubu.
Abraço.
Tatiana, perdeu...
Adriana, coisa de gente engraçada, isso sim.
Alaor, visitei seu blog, excelentes os micro-contos, voltarei.
Pimenta, bota funny nisso.
Tomaz, sai prá lá bacalhau.
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