Vale a pena ler o artigo “Jogos de palavras”, de Gideon Levy, publicado hoje no jornal israelense Haaretz. A tradução é de Caia Fittipaldi para o blog Amálgama. Levy faz uma leitura ácida da hipocrisia que rege o debate sobre a questão palestina no governo israelense.
A sua crítica sobre a estratégia israelense de bater monotonamente na tecla de uma exigência que já é fato – o reconhecimento de Israel – aponta o que de fato há por trás deste discurso: uma intenção inequívoca de manter as coisas como estão na certeza de que no futuro Israel ocupará majoritariamente os territórios tomados dos palestinos.
“São questões terríveis. Só quem se dedique a impedir o progresso ocupa-se hoje nesse reconhecimento, que é pura vaidade. Só um país cuja autoconfiança seja muito capenga precisa de que outros reconheçam seu caráter nacional. Passa pela cabeça de alguém que a França exigiria de alguém que a reconhecesse como Estado? Ou a Itália, como Estado italiano? E de quem, afinal, Israel exige reconhecimento? Dos mesmos que há mais de 40 anos gemem sob os coturnos da ocupação… por Israel.”, afirma Levy.
E finaliza: “Parafraseando David Ben-Gurion, é preciso dizer ao presidente dos EUA que não dê atenção ao que os judeus dizem; só dê atenção ao que os judeus fazem.”
A sua crítica sobre a estratégia israelense de bater monotonamente na tecla de uma exigência que já é fato – o reconhecimento de Israel – aponta o que de fato há por trás deste discurso: uma intenção inequívoca de manter as coisas como estão na certeza de que no futuro Israel ocupará majoritariamente os territórios tomados dos palestinos.
“São questões terríveis. Só quem se dedique a impedir o progresso ocupa-se hoje nesse reconhecimento, que é pura vaidade. Só um país cuja autoconfiança seja muito capenga precisa de que outros reconheçam seu caráter nacional. Passa pela cabeça de alguém que a França exigiria de alguém que a reconhecesse como Estado? Ou a Itália, como Estado italiano? E de quem, afinal, Israel exige reconhecimento? Dos mesmos que há mais de 40 anos gemem sob os coturnos da ocupação… por Israel.”, afirma Levy.
E finaliza: “Parafraseando David Ben-Gurion, é preciso dizer ao presidente dos EUA que não dê atenção ao que os judeus dizem; só dê atenção ao que os judeus fazem.”
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