Semana On

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Fênix

Escureceu
E ainda assim procuro
a sombra das alamedas

Entre o ocaso e o soluço
murmuram todos os poetas
mas só ouço
o reverberar destes versos
"pensar nele é morrer de desventura
não pensar é matar meu pensamento"

Tenho unhas negras
de entalhar sonhos no carvão
Reminiscência e custo
de saber renascer da cinza

E ainda assim te emprestaria
meus olhos de fixar vertigens
e partilharia o mistério
que transformauma sequência de palavras
na conjuração das asas
para transpor abismos

Poema de Iriene Borges, em seu blog

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