"Alma minha gentil, que te partiste." – Camões
É quarta, calendário, o dia pimba!
Eu caio de supeta na real.
É cinzas e, por Deus, nenhuma guimba
Restou para a paulista do mortal.
O cão não se traveste, cara limpa,
Não brinca de colomba, e sim au-au,
Seus dentes no calcanha nada simpa:
Quedou-se, acabou-se o carnaval...
Tô grogue e tá doendo quase tudo –
Carcaça não é corpo e, menos, alma -,
Preciso de aspirina e de higiene.
No meio da avenida tô, contudo,
E o enredo desse samba não me acalma:
"Camões foi se afogar com Dinamene".
Beleza de poema do parceiro de blogagem Henrique Pimenta
1 comentário:
Ai, Barone, pessoas como você não existem...
Obrigado pelo agrado - não mereço!
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