O jornalista Luiz Weis define com maestria no artigo Guernica em Gaza o sentimento de muita gente (como eu) que olha as manifestações pró-Israel que pupulam na imprensa - e do punho de alguns - de forma embasbacada.
Diz ele: “Há qualquer coisa de surrealista na matéria ‘Cobertura da imprensa desagrada a israelenses’, do enviado especial do Estado de S.Paulo, Gustavo Chacra, publicada na sexta-feira, 9. Um jornal israelense, relata o repórter, ‘chegou a chamar a imprensa internacional de mentirosa’ em matéria de primeira página. ‘Mentirosa’? Relatório da ONU divulgado na mesma sexta diz que 257 crianças palestinas morreram e 1.080 ficaram feridas nos 14 primeiros dias da ofensiva.”
Da mesma forma fiquei chocado com o artigo O mantra da desproporcionalidade, assinado pelo jornalista e doutor em Filosofia gaúcho Luis Milman, onde ele só falta dizer que palestino bom é palestino morto. Milman dá um show de desfaçatez ao conduzir o artigo de forma a colocar os israelenses como vítimas e os palestinos como agressores, deixando de lado o bom senso e a história.
É a mesma visão distorcida apresentada por brasileiros residentes em Israel na reportagem Conflito em Gaza divide blogosfera, publicada no portal Último Segundo. A reportagem cita André Hamer, 26, que mora em Beer Sheva e garante que o ataque israelense contra uma escola da ONU - que deixou pelo menos 40 mortos - foi culpa do Hamas “O ataque foi em uma pobre escola da ONU na Faixa de Gaza e matou dezenas de inocentes (se é que esta informação, dada por fontes palestinas, é verdade e os mortos não são terroristas do Hamas), mas aí eu pergunto: o que os inocentes estavam fazendo lá? Quem neste mundo não sabe que Israel está fazendo uma incursão na Faixa de Gaza procurando terroristas do Hamas?”, questiona.
Eu ia responder, mas dada à tibieza do argumento prefiro deixar que os leitores reflitam.
A reportagem cita também Yair Mau, 26, para quem a “operação israelense em Gaza é necessária e justa”. Diz ele: “Estamos lutando contra terroristas, que não reconhecem o meu direito de viver neste país. Leio muito na mídia internacional sobre a desproporcionalidade da reação israelense. Desproporcional é a pressa que os países do mundo têm em condenar Israel por defender seus cidadãos e a resistência que têm em chamar o Hamas pelo seu verdadeiro nome: um grupo terrorista islâmico fundamentalista”.
Esquece de dizer que os palestinos também têm o direito de viver em seu próprio País.
A internet está repleta de reações do gênero, como se o direito de Israel existir (legítimo, é claro) desse o direito aos israelenses de impedir que os palestinos tenham o mesmo anseio.
Diz ele: “Há qualquer coisa de surrealista na matéria ‘Cobertura da imprensa desagrada a israelenses’, do enviado especial do Estado de S.Paulo, Gustavo Chacra, publicada na sexta-feira, 9. Um jornal israelense, relata o repórter, ‘chegou a chamar a imprensa internacional de mentirosa’ em matéria de primeira página. ‘Mentirosa’? Relatório da ONU divulgado na mesma sexta diz que 257 crianças palestinas morreram e 1.080 ficaram feridas nos 14 primeiros dias da ofensiva.”
Da mesma forma fiquei chocado com o artigo O mantra da desproporcionalidade, assinado pelo jornalista e doutor em Filosofia gaúcho Luis Milman, onde ele só falta dizer que palestino bom é palestino morto. Milman dá um show de desfaçatez ao conduzir o artigo de forma a colocar os israelenses como vítimas e os palestinos como agressores, deixando de lado o bom senso e a história.
É a mesma visão distorcida apresentada por brasileiros residentes em Israel na reportagem Conflito em Gaza divide blogosfera, publicada no portal Último Segundo. A reportagem cita André Hamer, 26, que mora em Beer Sheva e garante que o ataque israelense contra uma escola da ONU - que deixou pelo menos 40 mortos - foi culpa do Hamas “O ataque foi em uma pobre escola da ONU na Faixa de Gaza e matou dezenas de inocentes (se é que esta informação, dada por fontes palestinas, é verdade e os mortos não são terroristas do Hamas), mas aí eu pergunto: o que os inocentes estavam fazendo lá? Quem neste mundo não sabe que Israel está fazendo uma incursão na Faixa de Gaza procurando terroristas do Hamas?”, questiona.
Eu ia responder, mas dada à tibieza do argumento prefiro deixar que os leitores reflitam.
A reportagem cita também Yair Mau, 26, para quem a “operação israelense em Gaza é necessária e justa”. Diz ele: “Estamos lutando contra terroristas, que não reconhecem o meu direito de viver neste país. Leio muito na mídia internacional sobre a desproporcionalidade da reação israelense. Desproporcional é a pressa que os países do mundo têm em condenar Israel por defender seus cidadãos e a resistência que têm em chamar o Hamas pelo seu verdadeiro nome: um grupo terrorista islâmico fundamentalista”.
Esquece de dizer que os palestinos também têm o direito de viver em seu próprio País.
A internet está repleta de reações do gênero, como se o direito de Israel existir (legítimo, é claro) desse o direito aos israelenses de impedir que os palestinos tenham o mesmo anseio.
2 comentários:
E isso abafa os ISRAELENSES QUE NÃO querem guerra nenhuma e que estão protestando no seu próprio país para que tudo isso ACABE! Não vamos esquecer que Israel é progeido dos EUA.... isso diz bastante coisa...
E ao final teremos o relato do vencedor pois a história e feita assim. Quem vence conta, quem perde conta seus mortos apenas!
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