Semana On

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Falta do que fazer

O Ministério Público Estadual (MPE) de Mato Grosso do Sul, o juiz Aluízio Pereira dos Santos e a delegada da Polícia Civil Regina Márcia Rodrigues da Mota poderiam estar usando seu tempo de forma mais produtiva para o estado. Poderiam estar investigando o caos na Santa Casa, a indústria da multa ou os homicídios envolvendo mandantes graúdos que ainda estão sem solução por aqui.

Mas... eles não têm tempo para isso. Estão muito atarefados infernizando a vida de 1500 mulheres cujos nomes constavam da agenda da anestesiologista Neide Motta Machado, proprietária de um estabelecimento especializado em abortos em Campo Grande.

O resultado da caça as bruxas é que entre julho e novembro 150 mulheres já foram indiciadas, 37 já foram julgadas e 26 condenadas a penas alternativas. A maioria tem idade variando entre 20 e 35 anos

O caso veio à tona em abril do ano passado, quando o MPE denunciou 10 mil mulheres acusadas de terem feito aborto entre 2000 e 2002 sob os cuidados de Neide. Como até 1999 não existia fichário das clientes, o número de mulheres que passou pelo local deve ser bem maior. A clínica funcionou por 20 anos.

Parabéns aos hipócritas de plantão.

5 comentários:

Luiz Roberto Lins Almeida disse...

Complicado. Ainda é crime, ainda que o Governo Federal pareça não dar muito bola pra isso.
Goste-se ou não, há que cumprir o que está na lei. E ainda é crime.

Outro crime que ainda é eventualmente punido é o de manter casa de prostituição.

Quem tem que decidir que esses crimes devem ser deixados de lado é o legislativo e não o Judiciário.

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Acho que vou adotar sua idéia, sim, e fazer um rol de blogs do MS.
Abração

Nanna disse...

Olá Barone, prazer em conhecê-lo. Desculpe por nao ter passado antes no teu espaço. Enfim, minha humilde opinião... Eu vou adicioná-lo bem como vou adicionar os demais, mas não como pessoas de MS (especialmente) pq querendo ou não para mim é uma forma de "segregar" as pessoas, algo q já se faz demais na "cidade". Não me leve a mal, por favor. Quero parabenizá-lo pelo seu trabalho, mto bacana mesmo o teu espaço, super organizado e no q vc precisar de mim pode contar comigo, ok? Sucesso pra ti, Man...
besos

Nanna disse...

Q loucura. MS só se preocupa com cortina de fumaça. O q vc me diz do trânsito, hein? Não merece uma boa resenha, artigo ou crônica? Tds os dias morre alguém. E quanto a nossa "amiguinha" médica... bem... nada será feito... pq circula por aí... com tds suas plásticas e com tds suas pompas.

Anónimo disse...

Que crime ediondo elas cometeram hem, isso é conversa para uma eternidade, uns ainda vão dizer que elas foram realistas em não permitir o nascimento de mais uma criança nesse mundo, outros vão falar do direito a vida, é uma vida que foi tirada. Enquanto isso esquecemos de falar, mostrar, e tudo mais sobre as vidas que são tiradas nos trabalhos escravos em Goias, nas vidas que são tiradas das pessoas que tem seu direito de moradia negado e vão para locais improprios e proibidos (é lei, é proibido morar em barrancos, na beira de rios) vão punir eles tambem? é aquela velha historia, vamos pegar os peixes pequenos que são muitos e mostrar serviço, porquer pegar peixe grande da trabalho e não mostra serviço não tem quantidade.

Barone disse...

É verdade Luiz, é crime ainda. Mas não concordo com esta visão do direito de que tudo deve ser lido à letra morta da Lei. É preciso colocar um pouco de humanidade nisso.

Nana seja bem vinda!