Semana On

sábado, 11 de outubro de 2008

Ética... onde?

Afinal, de que ética estamos falando pelos cotovelos?
A ética do jornalista?
A ética do jornal? A ética do jornalismo?
A ética do jornalismo é ascética e meridiana: a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade.
A ética do jornalista é a ética da consciência.
A ética do jornal é a ética da conveniência.

Joelmir Beting (em 2003 e ainda atual)

2 comentários:

Maria-Sem-Vergonha do Cerrado disse...

Muito atual mesmo...Me faz lembrar Claudio Abramo: "Sou jornalista, mas gosto mesmo é de marcenaria. Gosto de fazer móveis, cadeiras, e minha ética como marceneiro é igual à minha ética como jornalista – não tenho duas. Não existe uma ética específica do jornalista: sua ética é a mesma do cidadão. Suponho que não se vai esperar que, pelo fato de ser jornalista, o sujeito possa bater carteira e não ir para a cadeia.

Onde entra a ética. O que o jornalista não deve fazer que o cidadão comum não deva fazer? O cidadão não pode trair a palavra dada, não pode abusar da confiança do outro, não pode mentir. No jornalismo, o limite entre o profissional como cidadão e como trabalhador é o mesmo que existe em qualquer outras profissão. É preciso ter opinião para poder fazer opções e olhar o mundo da maneira que escolhemos. Se nos eximimos disso, perdemos o senso crítico para julgar qualquer outra coisa. O jornalista não tem ética própria. Isso é um mito. A ética do jornalista é a ética do cidadão. O que é ruim para o cidadão é ruim para o jornalista.

Evidentemente, a empresa tem a sua ética, que é a dos donos. Pode variar de jornal para jornal, mas o que os jornalistas deveriam exigir seria um tratamento mais ético da empresa em relação a eles e seus colegas. Isso não tem acontecido. "

Alice Salles disse...

Nao poderia ser mais verdadeira, principalmente essa ultima parte. Infelizmente.