Semana On

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Entre o martelo e a bigorna

Não sou adepto da cultura dos vigilantes, das milícias, da justiça pelas próprias mãos, dos esquadrões da morte. Mas não sou adepto também da irresponsabilidade e da hipocrisia dos que esperam as tragédias acontecerem para entoarem loas aos direitos humanos, em especial os direitos humanos dos que possuem pouco ou nenhuma humanidade.

Agora perguntarão por que motivo a polícia militar de São Paulo deixou a situação chegar ao ponto que chegou em Santo André. Porque não tomaram alguma atitude que evitasse que duas meninas de 15 anos fossem baleadas por um seqüestrador. É fácil perguntar isso agora.

Fico imaginando o que teria acontecido se a polícia tivesse usado atiradores de elite (por exemplo) para mandar para o inferno este lixo humano. Certamente, neste momento, os policiais estariam sendo chamados de assassinos, despreparados, estariam aguardando inquérito, condenados pela mídia e pela nossa intelectualidade confortavelmente sentada em suas salas de estar.

Vivemos entre o martelo e a bigorna.

1 comentário:

Alice Salles disse...

Essa realmente foi uma situação pavorosa, que porque eu não sei como se procede (os policiais) em um momento daqueles, não posso dizer se o que fizeram estava completamente certo, só sei de uma coisa: é fato que nossa policia e nossos bandidos são os piores do mundo! Tanto quanto nossa pseudo-intelectualidade...