Um louco em mim diz vai,
fala o que é para ser dito,
arregala uma boca
cheia de veneno
Mas me acovardo atrás de letras
Digo apenas o que querem ouvir
Destilo a peçonha em mim mesmo
Um louco em mim diz grita,
caminha os passos que são claros,
fecha os olhos e pula
sem medo do ar
Mas me encolho entre vozes
Fecho os olhos, que são rasos
Apronto a ladainha que querem ouvir
Um louco em mim diz mata,
arrebenta a cabeça da cobra,
espreme este mal
pela raiz
Mas insisto em andar descalço
Por este mar de navalhas
Que me adoçam a ferida exposta
VB
Sem comentários:
Enviar um comentário